13 junho 2015

{Resenha} - Dezessete Luas


ISBN: 978850108692-1
Título: Dezessete Luas
Original: Beautiful Creatures
Autoras: Kami Gracia e Margaret Stohl 
Páginas: 457
Ano: 2013
Editora: Galera
Nota: ♥ ♥ ♥ ♥
Resenha: Dezesseis Luas



* Esta resenha não contém spoilers*
No segundo volume de Beautiful Creatures, a Gatlin de Ethan está completamente diferente. Depois dos acontecimentos macabros da Décima Sexta Lua, da qual Ethan não se lembra muito bem, ele continua a ter sonhos estranhos e a sua cidade continua mudando à seu ver. Ele mergulha cada vez mais no Mundo Conjurador de Lena e está aprendendo que aquilo tudo que havia acontecido no ano anterior era apenas o começo de uma aventura cheia de mistério e perigos.


"Aquele que escolhe o começo da estrada escolhe o lugar aonde ela leva"

Nesse segundo livro há uma mudança bruta de comportamento dos personagens principais. E é a partir daí que a gente vai conhecendo gradativamente a real personalidade deles durante a trama, a capacidade de cada um em lidar com diversos obstáculos e o quão forte são os sentimentos, as crenças e os medos de cada um. 

Lena está cada vez mais perdida e por diversas razões, ela sai em busca de si mesma. Ela busca entender os seus poderes e movida pelo desejo de não machucar ninguém ela acaba se tornando uma jovem um tanto quanto mimada e irritante em diversos pontos. Mas tomada as circunstâncias é algo normal e compreensível a julgar por tudo que estava acontecendo em sua vida. 

Por outro lado, Ethan nos traz mais uma vez a afirmação de que seu amor por Lena é verdadeiro e de que é um autêntico corajoso quando mesmo desprezado por ela, ele continua tentando desvendar os mistérios envolvendo a Décima Sétima Lua, além de tentar salvar Lena de si mesma e das trevas que a cercam. A evolução, ou retrocesso no caso de Lena, é evidente e o lado mais frágil de ambos é revelado, por meio das famílias de cada um. Os sentimentos de Lena por Macon e os de Ethan por Amma e seu pai, Mitchell, são muito explorados e trazem um toque a mais de sentimentalismo.

O livro, como o primeiro volume, é narrado por Ethan, e dessa vez o sofrimento dele nos angustia. Por vezes, tive vontade de entrar no livro, dar um abraço apertado nele e dizer que a Lena era uma idiota. Mas com o tempo, ele passa a ser mais determinado e atenção se volta totalmente para a ação e o mistério que estiveram presentes desde o primeiro livro.

"Tem alguma coisa em ficar sozinho no escuro que faz a gente se lembrar do quanto o mundo é grande e o quanto estamos distantes uns dos outros."


 

Além da exploração dos personagens principais, os secundários também tiveram um papel expressivo e suas personalidades também foram colocadas à prova. E por alguns instantes dava quase pra esquecer que Lena era o centro da estória. Ridley, que já havia aparecido em Dezesseis Luas, está de volta. Charmosa e sedutora, seu caráter e seus sentimentos também serão testados. John Bredd, o mistério em forma de Incubus, é uma das principais peças para o próximo livro. Olívia, é a assistente de Marian na biblioteca e é aquela que vai fazer Ethan ficar bastante confuso, e por último, Link. O melhor amigo de Ethan que é um atrapalhado e é a comédia da série. Além, é claro, do lado negro da força. Os vilões, que eu vou deixar vocês descobrirem quem são.

De modo geral, a estória continua bem traçada, sem perder o foco e todas as características que tornam a série Beutiful Creatures, bom, a série Beautiful Creatures.
O único ponto negativo, e o motivo para esse livro ter ganhado um 4, é o mesmo ocorrido em Dezesseis Luas. A repetição e a descrição muito detalhada das cenas. Mas dessa vez com um agravante: a constante retomada do primeiro livro. Considerando que esse foi lançado 2 anos após o primeiro é normal que houvessem flashbacks, mas eles foram bastante exagerados.

Em suma, o segundo livro não foi o melhor. Mas ainda assim é uma série que vale a pena.



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